“Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim,
Que você vai me entender”
(Será – Legião Urbana)
Quantas vezes vivemos situações tóxicas com pessoas ao nosso redor? Muitas! Pessoas que sugam as nossas energias, assumindo posturas dominadoras, exploradoras, abusadoras, agressivas e até violentas.
Ficamos com medo da escuridão, acordados durante noites inteiras, tentando encontrar uma saída nesse labirinto enorme que se forma dentro de nós. Procuramos por uma brecha, uma solução mágica para ficar longe de situações tóxicas e desgastantes.
Quando isso acontece, assumimos uma postura defensiva e nos afastamos, ao máximo. “Tire suas mãos de mim”, “Eu não pertenço a você”, “Acho que isso não é amor”. Empurramos para bem longe atitudes que não são amorosas, estabelecendo limites claros e saudáveis.
Quando você descobre que uma pessoa específica é o CULPADO dos problemas da sua vida, fica bem mais fácil apontar os dedos. Nossa raiva nos consome e corrói por dentro e, sempre que possível, damos oportunidade dela escapar de forma VENENOSA. Criamos um círculo vicioso capaz de DESTRUIR, não somente a pessoa culpada, como nós mesmas.
É sempre mais fácil apontar nossos dedos para frente. Nosso ego fica em paz com um culpado. E o que acontece quando você descobre que a pessoa tóxica e culpada é VOCÊ mesma? Ei, como assim? Sim, criamos nosso próprio MONSTRO INTERNO que vai nos consumindo dia após dia, até a chegada da nossa própria MORTE.
“Nos perdemos entre monstros
Da nossa própria criação
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua nosso coração”
Com esse monstro tão perto de nós, colado na nossa SOMBRA, é até difícil deitar a cabeça tranquila no travesseiro à noite. Respiramos ofegante, nossos olhos já ficam bem abertos esperando pelo ATAQUE. A ansiedade nos consome, aos poucos, como um veneno amargo. Não sabemos mais o que fazer para sair desse círculo vicioso de AUTODESTRUIÇÃO. Temos até medo de fechar os olhos. É uma vigilância eterna.
É cruel assumir em alto e bom SOM que fomos o culpado por tantas tristezas e dores do passado. Pode durar uma vida inteira para ASSUMIR A CULPA porque é sempre mais fácil jogar o peso em outra pessoa, não é mesmo?
“Será que vamos conseguir vencer?”
E agora, “quem é que vai nos proteger?”
