Enquanto houver peso e culpa nas minhas escolhas, eu ainda estou vestindo o véu da punição.
Se eu sofro em escolher um determinado caminho é porque eu ainda não estou pronta para seguir esse caminho.
Talvez eu acredite que vou ser julgada e rejeitada se eu escolher diferente. Talvez eu acredite que esse não é o padrão que meus pais escolheram para mim ou que a sociedade ou uma instituição insiste em fazer eu escolher. Enquanto ainda houver dúvida, não há certeza.
Eu posso seguir na ilusão em te culpar por me obrigar a escolher, mas isso só acontece porque eu continuo tentando me “encaixar” na realidade que não é minha. E por tentar em me encaixar onde eu não caibo mais, eu me culpo por não seguir meu coração. Eu sigo então com o peso em te culpar e levo de brinde a minha culpa. O que seria isso então se não uma dupla punição?
Se eu sinto culpa por você, eu quero que você mude de ideia e escolha somente o meu caminho. E isso não seria exatamente obrigar você a escolher o meu caminho? E então, eu sigo tentando fazer exatamente o que você faz comigo: me obrigar a escolher e ser.
Eu posso entender o que te motiva a escolher um caminho diferente do meu ou até mesmo entender o que faz você querer que eu siga em outra direção. A partir do momento que eu sou livre para fazer as minhas escolhas, eu também te dou a liberdade de seguir as suas e isso não quer dizer que eu tenha uma caixa da vida igual a sua. Minha caixa pode ser amarela e a sua azul. Isso não me faz menos ou mais. E nem você.
Se eu escolho um caminho diferente do teu e estou bem com isso, eu estou em paz com as minhas escolhas. Quando eu tenho certeza do meu caminho, eu tenho certeza da minha VERDADE, da minha ESSÊNCIA e da minha VOZ e sei o quanto isso é poderoso e sagrado.
Você tem a liberdade de não concordar comigo, mas isso não te dá o direito de me massacrar e humilhar! Talvez eu escolha conversar com você sobre meus caminhos e motivações, se eu quiser e você abrir espaço também.
Você pode optar em me culpar, quando acha que tem poder em escolher por mim. Você já me julgou por eu escolher diferente, eu vejo seus olhos de raiva e rancor. A sua culpa pode até bater na minha porta, mas sou eu quem decido se ela entra ou não no meu espaço sagrado. E isso é saber o meu limite.
Agora, se eu tenho certeza das minhas escolhas e não me culpo por ter decidido, eu me sinto leve para seguir meu caminho. E, mesmo que você imponha algo diferente, eu já entendi que eu não preciso estar lá com você e isso é libertador, porque eu sei o meu valor.
Eu não caibo mais na culpa. Eu não caibo mais no peso de escolher ser quem eu sou. E, quanta leveza nisso.
O reencontro com a nossa essência é a jornada mais importante da nossa existência. É nosso momento que tiramos as camadas que os outros colocam em nós e descobrimos a natureza luminosa e perfeita que habita no interior dos todos nós.
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